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Cigarrinha do milho: 3 dicas essenciais para enfrentar este problema

Não é de hoje que a cigarrinha do milho vem causando dor de cabeça ao produtor brasileiro. Mas a praga ficou mais frequente, multiplicando prejuízos no campo, a partir de 2016 e, desde então, vem mobilizando pesquisadores em busca de alternativas para combater o problema.
Ao atacar a lavoura, a cigarrinha do milho traz consigo uma bactéria com ausência da parede celular que é capaz de sugar a seiva da planta, entupir os vasos condutores, fazendo com que o milho entre em colapso. A doença causada por esta praga é chamada de "enfezamento" do milho.
Um dos primeiros especialistas no Brasil a fazer o alerta sobre a gravidade do problema foi Fabrício Andrade, da empresa Agro7, de Patrocínio-MG. “Nós levamos a informação a diferentes órgãos desde 2013, mas muitos não davam importância, por isso temos uma espécie de apagão de 18 anos nas pesquisas relacionadas ao milho, e o produtor paga o preço", diz. O mestre em agronomia citou três dicas importantes para enfrentar o problema. Confira:

Escolher a variedade correta

Esta dica é para quem ainda não plantou o milho. O especialista diz que algumas variedades disponíveis, alguns cruzamentos que são oferecidos no mercado, vêm demonstrando menor sensibilidade a cigarrinha do milho. Vale consultar um engenheiro agrônomo e descobrir qual a melhor opção para a sua região. “Híbridos que tenham pai e mãe tropicais, costumam sentir menos", diz Fabricio Andrade.

O uso de inseticidas

Se o milho já estiver plantado, a dica é aplicar o inseticida o mais cedo possível. Fabrício Andrade explica que aos 7 dias, o milho começa a emergir, sendo a fase de charuto a mais crucial, aquela onde qualquer contato com a cigarrinha será mais suscetível. Também é importante optar por inseticidas que apresentem maior solubilidade.

Foco na nutrição

Os especialistas alertam que não basta só pensar em inseticida na hora de combater a cigarrinha. Este é um paliativo, mas o grande diferencial de prevenção está associado a um elevado nível nutricional das plantas. Andrade destaca que boas quantidades de boro, magnésio e aminoácidos nas plantas, por exemplo, podem fazer toda a diferença. Ele recomenda pelo menos três aplicações de produtos com foco no fortalecimento nutricional, junto com os inseticidas.