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Cultivo de tomate: 4 dicas essenciais para ter boa produtividade

O tomateiro é uma das mais importantes culturas entre os hortifrutigranjeiros. O Brasil aparece entre os dez maiores produtores do mundo com cerca de 56 mil hectares cultivados e uma produção ao redor de 3,9 milhões toneladas, segundo dados recentes do IBGE. A produtividade média é de 71 t/ha, superior a registrada mundialmente. Claro que há diferenças entre o tomate de mesa e aquele destinado a indústria. Mas sabemos que você, produtor, não vai perder a oportunidade de continuar aumentando o rendimento da sua plantação de tomate. Por isso, apontamos aqui quatro dicas fundamentais para obter melhores produtividades na cultura.
 
Confira:
 
Cuidado com as mudas

É preciso estar muito atento na hora de adquirir os mudas de tomate sadios. Procure sempre viveiros idôneos, que sejam registrados no Registro Nacional de Sementes e Mudas (RENASEM). Sabe-se que alguns produtores ainda fazem o cultivo de mudas em canteiros e sacos de papel, prática comum no passado, mas o risco é enorme. Ter certeza de que está adquirindo mudas sadias, sem a contaminação de pragas e doenças, é o primeiro passo para uma boa produtividade.
 
 
Faça um bom preparo do solo

Fazer a análise do solo e, em seguida, a correção adequada com a interpretação de um engenheiro agrônomo, é fundamental na agricultura moderna. É nesta etapa  que o produtor descobre quais são as principais necessidades de correção e adubação, ajudando a melhorar a fertilidade do solo. Em geral, os solos brasileiros têm elevada acidez, o que precisa ser corrigido para atingir o pleno desenvolvimento radicular das plantas e melhorar a absorção de nutrientes. Entre as ações mais recomendadas estão a calagem e uso de condicionadores de solo. Especialistas dizem que o ideal é que o calcário seja aplicado no solo cerca de dois a três meses antes do plantio. Hoje existem curvas de absorção de nutrientes de cada material de tomate a ser plantado, com isso fica facilitado o manejo destes materiais em campo.
 
 
Capriche no manejo nutricional
 
É necessário utilizar fertilizantes adequados para cada fase da planta. A aplicação de aminoácidos e extrato de algas, via solo ou foliar , auxilia na absorção dos nutrientes e ajuda a suprir as necessidades nutricionais das plantas. É um cuidado que pode fazer toda a diferença na produtividade do tomateiro, já que pode ajudar inclusive na absorção de outros produtos que tenham sido aplicados na planta. Outra tendência tem sido o uso de produtos biológicos nas plantações. São produtos a base de fungos, bactérias, vírus e protozoários que auxiliam no processo de biodegradação dos resíduos orgânicos, melhorando a estrutura e o perfil do solo. Desta forma, os biológicos contribuem para a liberação de nutrientes para as plantas e auxiliam na exclusão de microrganismos indesejáveis. Outra vantagem é que não causam danos cumulativos ao meio ambiente e as lavouras.
 
 
Aprimore o manejo de pragas e doenças

As pragas e doenças que atacam a cultura do tomate são praticamente as mesmas, tanto para o fruto destinado ao consumo in natura, quanto para processamento. Os patógenos que atacam o tomateiro vão desde fungos, bactérias e nematoides de solo que penetram na planta pela raiz, até doenças da parte aérea, fungos e bactérias que atacam folhas e frutos.
 
O produtor que já realizou de forma eficiente os itens já citados, como cuidados com o solo e com a nutrição, com certeza terá menor incidência destes problemas e poderá utilizar menor quantidade de agroquímicos tradicionais. Outra medida importante é adquirir sementes e mudas de variedades resistentes as principais pragas e doenças, já que diversos avanços na biotecnologia vêm sendo registrados no que se refere a cultura do tomate.
 
O engenheiro agrônomo Décio Shigihara explica que outra estratégia importante, para aprimorar o manejo já adotado na propriedade, é utilizar os chamados indutores de resistência. Sabe-se que as plantas podem responder ao ataque de patógenos por meio da ativação dos mecanismos de defesa. Ele explica que existem diversos tipos de indutores de resistência que atuam em vários mecanismos das plantas, como por exemplo, as enzimas envolvidas na síntese de proteínas e os carboidratos. Desta forma, é possível evitar ou minimizar perdas na produção do tomateiro, que são causadas por pragas, doenças, condições climáticas e tratos culturais inadequados.
 
O manejo de doenças integra várias táticas, como presença de palhada na superfície do solo, densidade de plantio, resistência genética, controle biológico, rotação de culturas, entre outras. Como medida alternativa no manejo de doenças de plantas, tem-se a indução de resistência, que tem como objetivo evitar ou atrasar a entrada e ou subsequentes atividades do patógeno em seus tecidos. Entre os produtos deste tipo estão aqueles a base de cobre bioativo. Ele age como um regulador, fator essencial em vários sistemas enzimáticos envolvidos na defesa das plantas contra a infecção, na produção de compostos antimicrobianos e na resistência geral às doenças. O cobre no tomateiro é indicado, por exemplo, no manejo de Xanthomonas vesicatoria, tendo em vista o seu efeito sistêmico, a compatibilidade com outros produtos e o amplo espectro de ação.