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Mancha branca no milho: saiba como manejar a doença

A mancha branca é uma das principais doenças que atingem a cultura do milho, juntamente com os enfezamentos. E o desafio para o produtor é fazer o manejo correto, capaz de evitar as perdas de produtividade que a doença costuma causar na cultura do milho. Neste post, você vai ver que uma pesquisa recente mostrou excelentes resultados para combater a mancha branca. O estudo de campo acaba de ser premiado em um congresso de fitossanidade. A pesquisa associou uma solução da Satis com outros defensivos, controlando a doença e trazendo ganhos de produtividade. Confira.

A mancha branca vem provocando queda na produtividade do milho que, em alguns casos, pode chegar a 60% quando são utilizados híbridos mais suscetíveis à doença, de acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).
Esta doença é causada pela bactéria Pantoea ananatis e espécies de fungos como Phaeosphaeria maydis e Phyllosticta spp. Os principais sintomas observados caracterizam-se por manchas que crescem e depois secam as folhas. Estas manchas começam pequenas, depois aumentam e tomam conta da folha, até que ela seca. Uma folha seca tem sua atividade fotossintética fortemente reduzida e não vai conseguir produzir e direcionar carboidratos e proteínas para a espiga e para o grão. A mancha branca do milho começa a atacar nos estádios V7 e V8, quando a planta possui de sete a oito folhas, e atinge o dano máximo na fase de enchimento de grãos, reduzindo drasticamente a produtividade.

A doença é favorecida por temperaturas amenas (de 15ºC a 20ºC) e alta umidade relativa do ar, condições muitas vezes comuns na chamada segunda safra de milho ou safrinha, atualmente a maior do país. Desta forma, quando o plantio é realizado com híbridos suscetíveis ocorrem grandes danos caso a doença não seja corretamente controlada. O manejo apenas com fungicidas muitas vezes não resolve o problema e outros produtos vêm sendo testados para otimizar o controle da doença e reduzir as perdas.

Experimento da Satis com Fulland ganha prêmio
A Satis conduziu um experimento com dois híbridos de milho da safra 2019/2020 em seu campo experimental no interior de Minas Gerais. Foram testados três fungicidas registrados para o manejo da mancha branca do milho, aplicados sozinhos ou em associação com o Fulland, explica Manoel Batista da Silva Júnior, analista de pesquisa e desenvolvimento da Satis, que coordenou o estudo. O resultado mostrou que a associação dos fungicidas com o Fulland melhorou o manejo da doença e também promoveu incrementos na produtividade do milho, afirma o analista.

Neste caso, o Fulland pode causar dois efeitos: o cobre bioativo presente em sua formulação vai auxiliar principalmente no manejo da bactéria causadora da mancha branca e, além disso, o produto também pode induzir resistência. Na prática, o produto funciona como uma vacina, à medida que ativa a defesa da planta, deixando-a mais resistente ao ataque da doença. Todos estes benefícios têm comprovação científica. O outro efeito que vem sendo observado é a otimização do efeito de fungicidas por uma melhoria na mobilidade destes produtos. Porém, este mecanismo de ação do produto ainda não está totalmente comprovado e algumas pesquisas em andamento estão estudando este efeito do Fulland de forma científica.

O experimento da Satis com o Fulland para o manejo da mancha branca do milho foi uma das pesquisas premiadas durante o VI Congresso Brasileiro de Fitossanidade, que foi realizado em setembro, em Goiânia (GO). O evento premiou nove trabalhos de pesquisa, sendo três categorias. O trabalho da Satis também contou com a participação de estagiários de universidades.

“É uma inovação dentro do manejo da doença e em termos de pesquisa, para a gente é um reconhecimento”, pois a Satis está há muito tempo trabalhando no campo, diz Manoel Júnior, o coordenador da pesquisa. Para ele, o estudo representa uma pesquisa de qualidade em que a empresa garante um produto de qualidade e o produtor recebe uma tecnologia confiável.

Dicas de manejo da mancha branca no milho
São feitas duas aplicações de fungicidas nas lavouras de milho para combater a mancha branca, geralmente, uma no estágio quando as plantas tiverem oito folhas, e outra na época do florescimento. Independentemente dos fungicidas escolhidos pelo produtor, ele deve adicionar o Fulland junto com os fungicidas na mesma calda de pulverização, orienta Manoel Júnior.

Ao contrário de formulações com cobre que são de contato, que não tem a capacidade de ser absorvido e entrar dentro da planta, o Fulland tem a vantagem de ter o cobre sistêmico, ou seja, ele pode ser absorvido e circular nos dois tipos de vasos condutores das plantas: o xilema (que conduz a seiva da raiz até as folhas) e floema (que conduz das folhas até a raiz). Outro problema causado pelas formulações convencionais de cobre é a fitotoxidez, dano que o Fulland não causa nas plantas de milho se utilizado na dose recomendada de 1 litro por hectare.

O ideal é se fazer um manejo integrado e usar híbridos mais tolerantes ou resistentes à mancha branca. Além disso, a adoção de controle biológico, rotação de culturas, controle químico e indução de resistência vão auxiliar o produtor a reduzir as perdas causadas pela doença.
O produtor também deve ficar atento à época do plantio, já que a doença tem maior incidência na safrinha, exigindo mais atenção e cuidados por parte do produtor.

É preciso variar o uso dos produtos químicos, com modos de ação diferentes para não selecionar populações resistentes, alerta Manoel Júnior.