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Recorde mundial na produtividade da abóbora: conheça o produtor de MG que colhe 42 toneladas por hectare

Produtores da região do Alto Paranaíba em Minas Gerais a cada ano ficam intrigados com os recordes alcançados na Fazenda Retiro. Em 2020, a produtividade da abóbora na propriedade chegou a 42 toneladas por hectare, enquanto a média na região fica próxima de 20 toneladas por hectare. O responsável por tamanho sucesso é o produtor Giovani Oliveira, que não descuida da nutrição do solo e, acima de tudo, é apaixonado pelo que faz.
A dedicação e o manejo diferenciado vêm rendendo prêmios internacionais. O último foi o recorde mundial de produtividade da abóbora Takayama F1 concedido por uma marca de sementes, no ano passado.
"Este ano quero bater meu próprio recorde", diz o produtor, com orgulho. Ele acredita que são dois os segredos do ganho de produtividade que vem alcançando. O primeiro deles é o cuidado com a nutrição do solo, com foco na suplementação de macro e micronutrientes como fósforo, cálcio, zinco e boro. "A boca da planta é pela raiz, eu já garanto o que ela precisa aplicando no solo”, descreve.
A segunda estratégia que estaria contribuindo para a maior produtividade é o cuidado com a polinização. Oliveira diz que usa um indutor floral nos primeiros 15 dias, tornando a polinização mais eficiente, o que garante maior quantidade de frutos, qualidade e uniformidade.
Nos últimos anos, foram cultivados 300 hectares de abóbora por ano na propriedade, mas nesta safra o produtor admite que pode chegar a 450 hectares. “É que temos foco na rotação de culturas, que também é importante", diz.
A produção é toda irrigada e o agricultor garante que, apesar de gastar mais com este manejo da abóbora, a lucratividade vale muito a pena. Segundo ele, em 2020 teve um custo total de R$ 8 mil/ha, enquanto a receita total chegou a R$ 45 mil/ha, em função da alta produtividade.
“Acredito que muitos produtores de abóbora não são profissionalizados, partem para a abóbora quase que por falta de opção, por isso não conseguem bons resultados”, afirma. Oliveira conta também que a maior parte dos produtores utiliza hidróxido de cobre para o controle de pragas e doenças, mas ele prefere não usar. Além disso, tem apostado no uso de defensivos biológicos, o que também vem trazendo ganhos.
A preocupação agora é com o preço, já que a pandemia tem afetado a renda das famílias e poderá reduzir a demanda por determinados alimentos, mas o Giovani Oliveira nunca desanima: “Deus me deu luz e sabedoria, não coloco o dinheiro acima de tudo, procuro tratar bem todos os que trabalham conosco, usar menos agrotóxicos e assim, vamos batendo recordes”, revela.